terça-feira, 26 de junho de 2012

A questão das distribuições GNU/Linux



 Muitas pessoas confundem-se quando o assunto é distribuição GNU/Linux (ou apenas distros - como também é chamada). Outras não sabem nem o que significa o termo. Mas, nesta postagem abordarei a questão com uma linguagem bem simples e "pura" (sem muitos jargões técnicos - que muitas vezes acabam atrapalhando o entendimento :D).


   
Distribuição GNU/Linux = Kernel + Softwares GNU Essenciais + Softwares Diversos não Essenciais (livres ou não livres)

Essa "fórmula" acima descreve, basicamente, a composição de uma distribuição Linux. Ou seja, o significado não é um bicho de sete cabeças. Perceba que uma distribuição é o conjunto de:

  • Kernel Linux (núcleo do sistema operacional)
  • Softwares GNU Essenciais (essenciais para o funcionamento do sistema operacional, como o Bash, por exemplo)
  • Softwares diversos (livres ou proprietários que não são essenciais para o funcionamento do sistema operacional, como o manipulador de imagens GIMP).
Algumas distribuições dispensam o uso de softwares não essenciais. Mas, isso depende do objetivo de cada distribuição. Se os desenvolvedores de uma determinada distribuição tiverem como foco o usuário final, então, podemos pré-determinar que esta distribuição irá conter softwares não essenciais que facilitam a vida do usuário no dia a dia, como por exemplo:

  •  Ambiente Gráfico (Gnome, KDE)
  • Navegador Web (Firefox, Chrome, IceWeasel)
  • Editor de Imagens (GIMP)
  • Editor Gráfico de Textos (Gedit, Kedit, etc.)
  • E por aí vai... 

Agora, se o objetivo da distribuição for um servidor, então, poderíamos descartar todos os componentes acima, pois, normalmente, os servidores são computadores dedicados a servirem usuários finais de algum serviço (seja o compartilhamento de arquivos, aplicações, hospedagem de sites, banco de dados, etc.). Neste caso, este computador será totalmente dedicado a essas funcionalidades, ou seja, não haverá usuários operando-o para realizar tarefas tiviais que se realizam em um computador comum de mesa (Desktop), mas sim será manipulado por agum administrador de redes, de sistemas, etc., para manter o servidor operante 24 horas por dia, ou o tempo que for necessário para suprir as necessidades dos usuários. E os softwares diversos (não essenciais para o funcionamento do sistema operacional) serão outros. Outros que, obviamente, farão parte do objetivo da distribuição. Como neste caso é um servidor, poderíamos considerar os seguintes softwares (servidor web):

  • Apache (para hospedar sites)
  • MySQL (bando de dados para interagir com as aplicações)
  • SSH (shell para administração remota)
  • PHP (linguagem de programação para as aplicações a ser interpretadas pelo Apache)
Poderíamos colocar aqui várias outras ferramentas, mas eis aí as principais.

Resumindo. A principal diferença de uma distribuição para outra está no objetivo. Pois, ele nos dará uma direção para a escolha dos softwares que irão compor a distribuição em si.

O interessante disso tudo é que você é livre para montar a sua própria distribuição. É isso mesmo. Você pode montar seu próprio GNU/Linux totalmente personalizado. Mas, não se esqueça: ele tem que ser LIVRE!

# No próximo post abordarei os tipos de distribuições que existem, e também apontaremos as que são mais usadas em dois casos: SERVIDORES  x  DESKTOPS.

Abraço,

Tiago Baldo
Editor do Blog






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